sexta-feira, 8 de julho de 2011

Problemas escolares

Em seu primeiro dia de aula, em meio à empolgação, risadas, material escolar novinho, cadernos branquinhos e sem nenhuma “orelha de burro”, os alunos entram na sala de aula em fila (sim, nesta escola, segundo a professora, ainda é assim), mas um deles insiste em empurrar os colegas, levando tudo o que encontra pela frente. A professora observa atentamente e pensa: “É apenas um aluno mais afoito querendo chamar a atenção.
Segundo dia de aula. Bate o sinal, e os alunos seguem em fila. Novamente o mesmo aluno empurra a todos. A professora escuta os colegas reclamando e citando seu nome até a sala: “Professora, olha o João* empurrando…”  A professora faz de conta que não ouviu, afinal, segundo dia de aula ninguém merece já dar bronca nas crianças. Solicita que todos tirem seu material para copiar uma pequena história do quadro. Todos atendem à solicitação, menos João, que diz não estar com vontade de fazer nada.
Mais uma vez a professora finge não ouvir e dá continuidade à aula. A todo instante é interrompida por João: “Professora, posso ir ao banheiro?”. A professora respira fundo e continua a conversa com as outras crianças. Vira para o quadro e um aluno grita: “Professora, o João veio na minha carteira e derrubou meu material no chão”. É pedido ao aluno em questão para juntar seu material e fazer de conta que nada aconteceu. Novamente a professora vira para o quadro e uma voz ecoa na sala. João resolveu cantar bem alto uma música. A professora conta até dez e mais uma vez pede que o aluno tire o caderno e faça um bonito desenho. Volta para aula, quando João resolve jogar sua carteira no chão, fazendo um enorme barulho.  Conta até vinte, vai até João e pergunta o porquê deste comportamento. Os colegas dizem que no ano anterior já era assim. Ele não fazia nada e passou de ano. Só incomodava, batia nos colegas, gritava e até foi pego em pequenos furtos. Ele se vira para professora e diz: “Você não manda em mim, ninguém
manda em mim e eu faço o que eu quero”.
Este relato me deixou bastante indignada e para relaxar leio a Revista Veja (23 de fevereiro 2011) que o MEC (Ministério da Educação) quer abolir a repetência até o 3º ano do ensino fundamental, reduzindo a evasão escolar e o desinteresse pela escola. Não estou fazendo aqui apologia à repetência, mas será que não existem casos e casos? Será que aprovar alunos sem a mínima qualificação vai fazer com que a educação caminhe melhor? Será que este aluno relatado acima vai melhorar passando de ano sem nenhuma penalização?  Na matéria em questão citam países como Japão e França, que estão aplicando este modelo com resultados satisfatórios. Mas, será que dá para comparar o Brasil com estes países?
Quantas crianças existem nas nossas escolas sendo rotuladas de vários nomes, onde os pais ausentes insistem em deixar tudo como está. Depois deste relato penso: O João tem culpa? Não, é apenas uma criança. Os colegas de sala têm culpa? Não, pois estão ali na escola para aprender e serem respeitados. A professora tem culpa? Não, está ali na melhor das intenções. A mãe é negligente? Sim, pois sabe que o filho tem um problema e não vai à busca de ajuda.
E no final do ano o que acontece? Depois de mais um ano infernal, como prêmio pelo seu comportamento “exemplar”, João passa de ano, sem saber ler e escrever. E os colegas ficam pensando: “Mas como ele passou de ano se não faz nada na sala de aula e só incomoda?”
Para terminar, a última do João durante o lanche no refeitório. Soube que ele pegou o joelho e prensou o dedo de um coleguinha na mesa. A professora teve que deixar alguém cuidando da turma para socorrer o dedo do aluno, que sangrava muito. Não perguntem o que aconteceu com o João, pois vocês já devem saber a resposta.  De Simone Franzati.
E salve a não repetência!
*João é nome fictício. Obviamente não quero comprometer ninguém.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Comentários do Jô


Jô Soares

O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!

Se É jovem, não tem experiência.
Se É velho, está superado.
Se Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Se Tem automóvel, chora de "barriga cheia'.
Se Fala em voz alta, vive gritando.
Se Fala em tom normal, ninguém escuta.
Se Não falta ao colégio, é um 'caxias'.
Se Precisa faltar, é um 'turista'.
Se Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.
Se Não conversa, é um desligado.
Se Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Se Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Se Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Se Não brinca com a turma, é um chato.
Se Chama a atenção, é um grosso.
Se Não chama a atenção, não sabe se impor.
Se A prova é longa, não dá tempo.
Se A prova é curta, tira as chances do aluno.
Se Escreve muito, não explica.
Se Explica muito, o caderno não tem nada.
Se Fala corretamente, ninguém entende.
Se Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.
Se Exige, é rude.
Se Elogia, é debochado.
Se O aluno é reprovado, é perseguição.
Se O aluno é aprovado, deu 'mole'.
 

É, o professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!
 
ATUALIZA AI ... ESTAMOS EM 2011, NADA MUDOU !!

Esta é para ser repassada mesmo.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

É hora de RENOVAÇÃO




Seminário TECNOLOGIAS (DE SI): ENSINO, DIVERSIDADE E IDENTIDADE
27 de junho de 2011
IEL – Instituto de Estudos da Linguagem
UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas

domingo, 22 de maio de 2011

A pior vergonha é a verdade

Muitos aqui já devem ter assistido o pronunciamento da professora Amanda Gurgel na audiência pública sobre o estado da educação no Rio Grande do Norte. Para isso, não tenho palavras para demonstrar o quanto concordo com ela e complemento que isso é apenas o reflexo de nossa nação democrática. Mostra o quanto nosso país é justo. Farei uma comparação comigo. Enquanto trabalho de segunda a sábado das 7h30 às 19hrs, nossa presidenta(e) e nossos parlamentares em Brasília trabalham de terça a quinta de 9hrs às 16h. Enquanto o meu salário sofre um aumento de $25,00 os deles sobrem aumento de 130% e 140%, respectivamente. Pois é minha gente, nossa nação democrática não pode ser imediatista a esse ponto. Porque o mais importante é locomover nossos parlamentares e não ter uma justa e igualitária distribuição de renda, tão pouco uma educação de qualidade.

domingo, 15 de maio de 2011

A "Burocratês" escolar


Você acha que a burocracia existe apenas para resolver um problema de banco ou outras coisas? Não!
Ela existe principalmente na escola. E entre os profissionais que fazem o cotidiano escolar, que muitas vezes preocupam-se apenas em discutir como seriam as coisas teoricamente, ou de ficarem tentando ser os donos da verdade, enquanto as dificuldades continuam vindo a tona. Escolhi essa tirinha de Mafalda sobre burocracia, principalmente porque ela faz uma relação entre a burocracia e um animal super lento que é a tartaruga. Particularmente, acho essa associação perfeita. Porque é exatamente dessa forma que as coisas se processam. Não apenas no ambiente escolar como também na sociedade.

De volta a idade da Pedra

Como sempre fui uma pessoa que acha que uma moeda não tem apenas um lado, mas na verdade dois. Nunca fui de me restrigir a apenas uma única verdade ou razão. Venho aqui retomar uma discussão já apresentada. Recemente postei um "artigo" sobre os dinossauros da educação. Pois bem, convivendo mais no ambiente escolar público, e conhecendo melhor minhas colegas de trabalho, encontro algumas "justificativas" para determinadas atitudes. Não quero dizer com isso, que estão acobertadas ou que estou dando razão a determinadas práticas. Mas, acredito que tudo acontece dentro de um contexto. E que devemos compreender essas atitudes dentro desse contexto. Lembrando, compreender é diferente de aceitar. Nos últimos dias fizemos uma reunião de pais e mestres nessa escola em que trabalho. Pasmem, pois minha turma tem 30 alunos, compareceram apenas 2 pais, ou seja, nem 10% dos pais estavam presentes. Dessa forma, podemos perceber o quanto os pais são participativos. Levando em consideração a participação dos pais na vida escolar de seus filhos, pode-se imaginar como são os alunos em sala de aula. Muitas vezes, os professores não apenas na escola pública, mas principalmente nela, acabam deixando de lado o ensino, e concentrando na sala de aula, em aspectos disciplinares. Já que a grande maioria dos alunos não conhecem regras, educação, enfim, alguns pressupostos necessários para o convívio social. Diante disso, esse profissional se vê em duas situações, ou disciplino ou dou aula. Bom, muita gente se horroriza quando vê alunos de escola pública chegando ao quinto ano, sem fazer a devida compreensão de textos escritos. Mas, podemos agora entender porque nossos alunos chegam em turmas tão avançadas com um rendimento tão baixo.

domingo, 24 de abril de 2011

É momento de se renovar (parte 4)



Encontro de Educação - FAFIRE

Estão abertas, a partir de segunda -feira (25/04/2011), as inscrições para o XIV Encontro de Educação promovido pela Faculdade Franssinetti do Recife. O Encontro tem por objetivo discutir propostas pedagógicas de formação de cidadãos conscientes e participativos na sociedade.
O Encontro será nos dias 5 e 6 de maio. Para mais informações procurem o hall do segundo andar da FAFIRE em frente a capela.
Aproveitem!!!!

sábado, 23 de abril de 2011

É momento de se renovar (parte 3)


COLE- Congresso de Leitura do Brasil começou desde de 1978 e continua acontecendo até os dias atuais. Esse congresso ocorre bianualmente na cidade de Campinas em São Paulo e a cada ano consegue trazer um número maior de participantes. Fui nos dois últimos Congressos e realmente foram muito bons! Esse ano ele deveria acontecer, mas foi adiado para o ano que vem (2012) e ocorrerá no mês de julho (16 a 20). O congresso é organizado pela ALB- Associação de Leitura do Brasil.
Para mais informações sobre o congresso e as atividades da ALB, acesse: http://alb.com.br/noticia/18%C2%BA-cole-congresso-leitura-0

Aproveitem!!!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

É momento de se renovar (parte 2)


A unicamp está promovendo um fórum virtual denominado Leitura Crítica. Os interessados acessem: http://forum.leituracritica.com.br/index.php
Aproveitem!!!!

É momento de se renovar

Se você é professor e não tem muito dinheiro mas precisa se renovar assim como eu. Estão abertas as inscrições para um Simpósio em Garanhuns promovido pela UFRPE. Para mais informações acesse: http://sigexpress.com.br/sid2011/site/index.asp

Os valores são: R$ 10, 00 aluno bolsista.
                                                                            R$15,00 não bolsista. 
                                                                    Aproveitem!!!! 

segunda-feira, 21 de março de 2011

Sinais de pontuação

Queria fazer uma observação. Essa atividade é a continuação da primeira que sugeri sobre conto, já que percebi que saiu partida.

Frase é um enunciado – uma palavra ou um conjunto de palavras – que expressa uma ideia em determinada situação e com uma intenção.
1.      Releia este trecho de “A roupa do rei”:
“- Que beleza! Que brilho! Que cores!”
a) Que tipo de sentimento essas expressões indicam?

b) Pinte o sinal que indica o sentimento que você determinou na questão anterior.c) Quantas frases há nesse trecho? O que você observou para responder?



2. Releia mais este trecho:
“Ele era vaidoso, convencido e só pensava em roupas luxuosas. Não se preocupava com seu povo e só saía do palácio para mostrar suas roupas novas. Tinha um traje para cada hora do dia.”
a) Quantas frases há nesse trecho?

b) O que você observou no trecho para responder ao item anterior?



c) Nesse trecho, há um sinal de pontuação que não indica fim de frase. Que sinal é esse?

3) Leia e compare os dois trechos a seguir:
a) O alfaiate fingia também: fazia gestos de cortar, costurar, ajeitar aqui, acertar ali...
b) No dia da festa, os camareiros ajudaram o rei a vestir a roupa, que não existia, e saíram andando com as mãos no ar como se erguessem o manto, que também não existia, e o rei saiu para as ruas... pelado!
Os três pontinhos destacados nos trechos acima são reticências.
Responda: em qual dos dois trechos as reticências indicam final de frase?


4. Quantas frases há nos pequenos textos abaixo?
a) Em Calçoene, no Amapá, chove praticamente todos os dias, de janeiro a junho. A cada mês são registrados cerca de 25 dias chuvosos! Calçoene é o município mais chuvoso do Brasil.

b) Nada é totalmente errado neste mundo. Até um relógio parado acerta duas vezes por dia!

domingo, 20 de março de 2011

Trabalhando sinais de pontuação a partir de contos (sugestão de atividades) parte 2

pois daquela primeira atividade, senti a necessidade de aprofundar mais sobre as funções e os usos dos sinais de pontuação. Porque esse negócio de que a vírgula é uma pequena pausa, me deixa extremamente stressada até hoje. Vamos lá para a sugestão. Só mais uma observação, sugiro essa atividade, após a anterior, e após a escrita de um texto. Que provavelmente seria um conto.

SINAIS DE PONTUAÇÃO
§                                 Ponto
Usa-se ponto para marcar:
1.                  O final de frases declarativas, afirmativas ou negativas.
§                                 Vírgula
Emprega-se a vírgula para:
1.                  Separar palavras de uma enumeração:
Exemplo: Comprei caderno, livro, lápis e apontador.
2.                  Separar da frase palavras que indicam chamamento:
Exemplo: Meu filho, que é que você está carregando aí?
3.                  Separar datas:
Exemplo: Olinda, 2 de maio de 2011.
4.                  Separar as ações da personagem:
Exemplo: “Peguei todas as bonecas, levei para o fundo do quintal, botei fogo.”
§                    Travessão
O travessão é usado para:
1. Indicar o início da fala da personagem:
“Antes de deixar a cidade foi visto por um amigo madrugador.
- Que é isso, João? Para onde se atira tão cedo, assim de armas e bagagens?”
Vamos aproveitar tudo o que aprendemos sobre sinais de pontuação e reescrever nosso texto?

Trabalhando sinais de pontuação a partir de contos (sugestão de atividades)

Estava preparando essa atividade para os meus alunos e decidi socializar com vocês, pois acredito que seja uma atividade pertinente para alunos de quarto ano. E, para aquelas pessoas que não ensinem aos alunos de quarto ano, podem visualizar como podemos trabalhar sempre a partir de gêneros textuais.
A ROUPA NOVA DO REI
          Era uma vez um rei muito rico.
          Ele era vaidoso, convencido e só pensava em roupas luxuosas. Não se preocupava com seu povo e só saía do palácio para mostrar suas roupas novas. Tinha um traje para cada hora do dia.
            Um dia, sabendo disso, dois trapaceiros resolveram ir até o palácio para enganar o rei.
          Ao chegarem diante dele, abriram uma mala vazia e de lá fingiram tirar um tecido maravilhoso, dizendo que só as pessoas inteligentes e espertas conseguiam vê-lo.
          As pessoas que presenciavam a cena, para não passar por bobas, fingiam ver o tecido e exclamavam:
          - Que lindo! Que fantástico! – diziam todos.
          E o rei, para provar que era esperto, também elogiava o tecido que não existia:
          -  Que beleza! Que brilho! Que cores!
          Como, dias depois, haveria um grande desfile público, o rei encomendou ao alfaiate uma roupa feita com o tal “tecido lindíssimo”.
          O alfaiate fingia também: fazia gestos de cortar, costurar, ajeitar aqui, acertar ali...
          No dia da festa, os camareiros ajudaram o rei a vestir a roupa, que não existia, e saíram andando com as mãos no ar como se erguessem o manto, que também não existia, e o rei saiu para as ruas... pelado!
          As pessoas nas ruas elogiavam a elegância do rei como se estivessem vendo a roupa sensacional.
          Mas uma criança que estava no meio do povo não se conteve e começou a gritar:
          - O rei está nu! O rei está nu!
          As pessoas à sua volta pediam que se calasse, mas a criança continuava:
          - O rei está nu! O rei está nu!
          Então todos perceberam que tinham sido enganados e que o rei estava, de fato, nu.
          E o rei?
          Saiu correndo muito envergonhado, segurando o manto que nunca tinha existido.
1.      Por que o rei tinha um traje para cada hora do dia?


2.      Assinale as respostas corretas:
Os trapaceiros enganaram o rei porque:
(     ) tinham um belo tecido para oferecer.
(     ) sabiam que o rei era vaidoso.
(     ) queriam enganar o rei.
(     ) eram vendedores de tecidos.
3.      O que faziam os trapaceiros para que o rei acreditasse no qual falavam?


4.      Complete a frase:
As pessoas fingiam ver o tecido porque _________________________________________________

                                                                                                                                                   
5.      Responda às seguintes perguntas sobre o conto “A roupa nova do rei”:
a)      O que aconteceu de mais importante nesse conto?



b)      Quando esse fato ou acontecimento se deu? Assinale com um X a/as resposta(s) correta(s):
(     ) em um tempo próximo aos dias de hoje.
(     ) em um tempo passado.
c)      Pinte no texto as palavras ou expressões que indiquem tempo.
d)      Onde esse fato ou acontecimento se deu?



e)      Quem são os personagens do conto?


f)        Quem conta a história?

6.      Leia os trechos a seguir e numere-os na ordem em que os fatos ocorreram.
(     ) Mas uma criança que estava no meio do povo não se conteve e começou a gritar: - O rei está nu!
(     ) Era uma vez um rei muito rico e muito vaidoso.
(     ) Dois trapaceiros resolveram enganar o rei vendendo-lhe um tecido maravilhoso que, segundo eles, só os inteligentes eram capazes de enxergar. Só que esse tecido, na verdade, não existia.
(      ) No dia de uma grande festa no reino, os camareiros ajudaram o rei a vestir a roupa feita com o falso tecido. Sua Majestade saiu, então, inteiramente nu pelas ruas.
(     ) Então todos – incluindo o rei- perceberam que tinham sido enganados.
(     ) Ao ver o rei desfilar nu pelas ruas, o povo achou estranho, mas não disse nada: todos tinham medo de passar por bobos.

domingo, 13 de março de 2011

Os Dinossauros da Educação

Hoje, além de trabalhar na rede privada de ensino, também estou trabalhando na rede municipal de ensino. E me deparo com sujeitos, ou melhor, sujeitas que as chamei de "Dinossauros da Educação". Quero esclarecer que minha intenção não é julgar, nem muito menos colocar "apelidos" pejorativos em minhas colegas de trabalho. Mas, analisando alguns acontecimentos em sala de aula cheguei a essa conclusão.  

Como minha intenção não é de comentar práticas pedagógicas que, ao meu ver, não deveriam, como posso dizer, existir ou acontecer em sala de aula, tendo em vista o contexto educacional em que vivemos. Apenas explicarei o que quero dizer com "Dinossauros da Educação".
Os dinossauros da educação são aqueles profissionais que apesar de estarem no mundo da informática, do "internetês", da velocidade das informações, do bum intelectual, continua institutindo práticas meramente exposivas e acham que dessa forma, uma turma de 30 a 35 ou mais de adolescentes ficaram apaticamente sentados em suas cadeiras, prestando atenção em sua explanação. Além de colocar a disciplina (que para esse profissional é o silêncio e a falta de participação), como critério de avaliação do desempenho de uma turma. Uma boa turma, no ponto de vista desse profissional, é aquela que por sua falta de participação, sua falta de construção de conhecimento, permite que o professor conclua todas as atividades planejadas para aquele momento. Estamos cheios de profissionais assim, na rede privada e municipal de ensino, "Os dinossauros da educação".

Questionamentos de Mafalda


Mafalda sempre questionando o mundo.

Quem me conhece, sabe da minha alucinação por Mafalda. Por isso, decidi modificar o nome desse blog. Dessa forma, acredito que o nome "Questionamentos de Mafalda" estaria mais coerente com os textos que publico.

A volta dos que não foram

Sei que faz muito tempo que não escrevo nesse blog, mas hoje decidi ressuscitá-lo.


                                                    É a volta dos que não foram...

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Cargos Vitálicios

Na época das capitanias hereditárias, os donatários recebiam a terra em que eram donos vitálicios. Vitálicios significa para sempre, ou até morrer. Acredite, depois de mais de 500 anos, vemos esses cargos vitálicios se repetirem. A exemplo disso, temos nosso senado brasileiro que pela quarta vez tem como presidente nosso ilustrissímo ex-presidente José Sarney.



Depois falam de Cuba. Podem?

















Mas o que acho na verdade é que Sarney além de ser imortal na acadêmia brasileira de letras. Porque acreditem ele é imortal de lá, usou um truque para permanecer como presidente do senado.



Mas eu vi.... rá rá rá


domingo, 30 de janeiro de 2011

Sua vida está de pernas pro ar?!



Com o passar dos anos, o papel social da mulher foi se modificando. Agora ela apenas acumula tarefas de ser mulher, mãe, amante, trabalhadora, empregada. Enfim, esse filme mostra que apesar de todas as atribuições que uma mulher de família deve ter pelas exigências feitas pela sociedade (através do marido, filhos, família), ela também pode e deve ser feliz. Ser feliz procurando ao máximo alcançar o seu prazer. Seu prazer profissional, pessoal e sexual também. Recomendo esse filme a todas as mulheres.

Trabalhando gramática e produção de texto a partir dos gêneros textuais

Durante o curso de graduação, aprendi o quanto é importante o trabalho de língua portuguesa a partir de gêneros textuais. Hoje, sou professora de língua portuguesa de duas turmas de 4 ano, que seria a antiga 3ª série e vejo o quanto isso é importante na produção textual e na compreensão dos conteúdos trabalhados com os alunos. Durante minha graduação o trabalho com os gêneros textuais se focalizavam mais na produção de texto. Mas defendo que os conteúdos gramaticais também devem ser trabalhados paralelamente ao trabalho desses gêneros e dessas produções. Não que tenhamos necessariamente que trabalhar um em detrimento do outro. Mas, a partir de um planejamento, podemos trabalhar os conteúdos de forma coerente. Pensando nisso e na dificuldade que tenho em encontrar bons materiais para trabalhar com meus alunos vou deixar aqui algumas sugestões de atividades para o quarto ano do ensino fundamental.
Nesta postagem, irei publicar uma atividade que recomendo aplicar no ínício do ano letivo com os alunos do quarto ano do ensino fundamental. É uma atividade simples, porém importante e ao mesmo tempo avaliativa, ou seja, você consegue perceber qual o "nível" de alunos que você vai trabalhar naquele ano. Claro, que essa atividade é muito extensa, por isso aconselho que seja criado a partir dela uma sequência didática.
Como a sugestão da atividade é para alunos que estão iniciando o quarto ano, iremos utilizar nessa atividade um gênero textual trabalhado frequentemente com os alunos do terceiro ano: Fábulas. Pois, acredito que utilizando esse gênero que já é conhecido pelos alunos será mais fácil a compreensão deles, tanto do conteúdo exposto quanto do gênero trabalhado.
A fábula é um gênero textual da ordem do narrar, ou seja,  é um tipo de texto narrativo, que transmite um ensinamento por meio de uma história.
As fábulas, em geral, seus personagens são animais que apresentam características humanas. É uma narrativa curta, que geralmente, apresenta um berve diálogo e no final a história destaca-se uma moral.

O Corvo e a Raposa

Um corvo faminto furtou um belo queijo e, com ele no bico, voou para o alto duma árvore. A raposa o viu e gritou para o alto:
- Bom dia, belo corvo! Que lindas são suas penas, que belo o seu porte, que elagante sua cabeça! Sou capaz de jurar que um animal bonito assim há de ter também uma bonita voz! Cante, que eu quero ouvi-lo!
O Corvo, envaidecido, abriu o bico para cantar. E o queijo caiu na boca da raposa.
Moral: "Os elogios exagerados são sempre suspeitos".

Atividade de Interpretação
1. A partir da fábula, podemos observar que os animais apresentaram alguns sentimentos que são característicos dos seres humanos, como: vaidade, esperteza, orgulho. De acordo com o que você leu na fábula, liste no mínimo três qualidades ligadas aos animais apresentados abaixo:

a) Raposa
b) Corvo

2. Marque um X nas características que fazem da história "O corvo e a raposa" uma fábula.
(   ) Personagens humanas
(   ) Personagens humanas que agem como animais.
(   ) História curta.
(   ) Personagens animais que agem como a gente.
(   ) Moral da história no final.
(    ) Texto em versos.

3. Como a raposa conseguiu comer o queijo do corvo?

4. Se você fosse o corvo, qual seria sua atitude ao escutar os elogios da raposa?

5. As fábulas geralmente trazem no final uma moral, isto é, um ensinamento. Copie a moral da fábula "O corvo e a raposa".

6. Você mudaria a moral da fábula? Por quê?

Vamos relembrar?

Substantivo é a palavra que dá nome às coisas, às pessoas, aos lugares.

Leia a Frase:
"Um corvo faminto furtou um belo queijo..."
Observe que as palavras corvo e queijo são substantivos comuns. São considerados substantivos comuns porque são palavras que se referem a um grupo de animais, comidas ou pessoas que tem características em comum. Corvo é uma espécie de animal, portanto é uma palavra que faz referência a muitos seres em comum, por exemplo.
Mas, se essa frase fosse: " O senhor Preto Corvo faminto furtou..."
Preto Corvo seria considerado um substantivo próprio, pois ele se refere a um corvo em específico e não a uma espécie inteira. Podem existir dois ou três corvos que se chamem Preto Corvo, porém não é um nome comum a toda espécie, é própria de dois ou três corvos.

7.Dessa forma, observe as seguintes frases e indique o substantivo próprio ou comum de cada um deles.

a) A raposa viu o corvo de longe e teve uma ideia.
b) A raposa começou a elogiar o corvo.
c) Os outros animais da floresta viram quando o corvo furtou o queijo.
d) O garfanhoto riu da cara do corvo quando ele soltou o queijo.
e) O nome da raposa é Maricléia.

8. Invente um substantivo próprio para:
a) O corvo
b) A raposa

9. Enumere a segunda coluna de acordo com a primeira.
1. Comum
2. Próprio

(   ) Saturno
(   ) Raposa
(   ) André
(   ) Japão
(   ) Músico
(   ) Relógio
(   ) Belo Horizonte
(   ) Planeta
(   ) garrafa

10. De acordo com a fábula que estudamos, construa uma fábula, utilizando outros personagens. Não esqueça da moral da história e atenção com a ortografia.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Qual a função do diretor na escola?

O diretor, é uma figura tão "presente" na maioria das escolas. Temido por muitos adorado por poucos, alguém já parou para se perguntar: Qual a função do diretor na escola?
Vamos ver algumas definições da palavra diretor. Segundo nosso querido dicionário, vulgo pai dos burros, diretor significa aquela pessoa que dirige, que administra. Apesar de muita gente achar que escola é uma empresa, o que não é, muitos dirigentes as tratam assim. Não podemos pensar na escola como uma instituição meramente administrativa, mas, também e sobretudo, pedagógica, até porque ela não é uma indústria. A escola é uma instituição muito peculiar, pois ela não abrange apenas aspectos administrativos e lucrativos como pensam a grande maioria dos diretores, mas trabalha sobretudo aspectos pedagógicos da formação do ser social e do ser individual, o que é pouquissímo trabalhado por nossos dirigentes. Hoje em dia, nossas escolas, mais precisamente, nossos diretores seguem um padrão, que acabam levando esse padrão para o funcionamento pedagógico da escola. Talvez seja por isso que a educação não mude. Tanto em escolas públicas quanto em escolas privadas é muito difícil, para não dizer impossível, encontrar um diretor que se envolva com os aspectos pedagógicos da escola. Existe, 0,01% dos diretores que fazem parte também dos trabalhos pedagógicos dessa instituição. Talvez seja por isso que os indíces de proficiências dos alunos brasileiros são tão baixos, apesar de tantos projetos em funcionamento na escola. Talvez a solução seja alugar o Brasil. E uma pergunta que não quer calar e não encontro resposta: Qual a função do diretor na escola?

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Além da vida

Se você acha que todos os seus problemas são grandes. Escrita de teses e dissertações, problemas com o banco, com a reforma da casa, com uma simples alergia, com a bebida que não gelou como deveria ou com o seu visual que não está  legal. É porque não conhece o verdadeiro sentido da vida. Esse filme conta a história de três pessoas que são tocadas de diferentes formas pela morte. Marie é uma jornalista de sucesso, até que uma Tsunami na India a fez se deparar com a morte, depois disso ela tenta incessantemente pesquisar para descobrir o que ela realmente viveu naquele dia. George é um ex-vidente, que vive sua vida fugindo de pessoas que o procuram para entender a morte em suas vidas. Por isso, ele acredita que carrega consigo uma maldição. A maldição de viver para entender a morte e não a vida. E, por fim um jovem britânico Marcus que perde seu irmão gêmeo Jase em um acidente e procura entender porque seu irmão foi tirado daquela forma de seu convívio. O filme é simplesmente espetacular. Acho que foi uma das melhores obras de Clint Eastwood.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Coisas que só acontecem no Brasil

Depois de nosso querido país parar para admirar a beleza da mulher de Michel Temer. É a vez de admirarmos não a beleza, porque ele não é bonito, mas, a nova novela que acabou de passar não apenas na globo mas em todas as emissoras de televisão "Quem vai ficar com Ronaldinho?"
Destacarei as palavras de Mafalda: "A fome e a pobreza acabaram no mundo? As armas nucleares foram suprimidas? Então pra que a gente mudou de ano?!"
E eu respondo aos questionamentos de Mafalda, para ver Ronaldinho Gaúcho que não passou nem um dia na universidade ser disputado por milhões no Brasil. E, ainda ser tratado como fosse a pessoa que achou a cura da Aids. Pois é, quem manda não treinar futebol?! Quem manda escutar os conselhos da mamãe "Estudar para ser alguém na vida". 
Poderia ser uma Marta, mas não sou uma Rita no meio de umas cem mil. Meu consolo é Chico Buarque que lembrou desse pobre nome na letra de uma de suas canções. Pelo menos já é alguma coisa.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Coisas que movimentam o país

Hoje pela manhã, abri o site da yahoo e vi uma reportagem que me chamou muita atenção. Segundo a reportagem o Brasil parou para ver a bela mulher de Michel Temer, nosso querido vice-presidente da República. Fiquei pensando, realmente ela é muito bonita, por isso, ganhou o prêmio em 2002 de miss Campinas. Mas, pensei que o que deveria movimentar o país eram os problemas sociais que o envolvem e não a beleza da mulher do vice-presidente. Acho que estamos nos inspirando nos franceses, que ficaram mais admirando a beleza de Carla Bruni e esqueceram de fiscalizar o que Sarkozy fazia com suas escolas públicas. Ai ai ai. E lá vai uma charge de Alpino para rimos um pouquinho.

E a educação óoooo. E a saúde óooooo. E o salário óooooo.