domingo, 22 de maio de 2011

A pior vergonha é a verdade

Muitos aqui já devem ter assistido o pronunciamento da professora Amanda Gurgel na audiência pública sobre o estado da educação no Rio Grande do Norte. Para isso, não tenho palavras para demonstrar o quanto concordo com ela e complemento que isso é apenas o reflexo de nossa nação democrática. Mostra o quanto nosso país é justo. Farei uma comparação comigo. Enquanto trabalho de segunda a sábado das 7h30 às 19hrs, nossa presidenta(e) e nossos parlamentares em Brasília trabalham de terça a quinta de 9hrs às 16h. Enquanto o meu salário sofre um aumento de $25,00 os deles sobrem aumento de 130% e 140%, respectivamente. Pois é minha gente, nossa nação democrática não pode ser imediatista a esse ponto. Porque o mais importante é locomover nossos parlamentares e não ter uma justa e igualitária distribuição de renda, tão pouco uma educação de qualidade.

domingo, 15 de maio de 2011

A "Burocratês" escolar


Você acha que a burocracia existe apenas para resolver um problema de banco ou outras coisas? Não!
Ela existe principalmente na escola. E entre os profissionais que fazem o cotidiano escolar, que muitas vezes preocupam-se apenas em discutir como seriam as coisas teoricamente, ou de ficarem tentando ser os donos da verdade, enquanto as dificuldades continuam vindo a tona. Escolhi essa tirinha de Mafalda sobre burocracia, principalmente porque ela faz uma relação entre a burocracia e um animal super lento que é a tartaruga. Particularmente, acho essa associação perfeita. Porque é exatamente dessa forma que as coisas se processam. Não apenas no ambiente escolar como também na sociedade.

De volta a idade da Pedra

Como sempre fui uma pessoa que acha que uma moeda não tem apenas um lado, mas na verdade dois. Nunca fui de me restrigir a apenas uma única verdade ou razão. Venho aqui retomar uma discussão já apresentada. Recemente postei um "artigo" sobre os dinossauros da educação. Pois bem, convivendo mais no ambiente escolar público, e conhecendo melhor minhas colegas de trabalho, encontro algumas "justificativas" para determinadas atitudes. Não quero dizer com isso, que estão acobertadas ou que estou dando razão a determinadas práticas. Mas, acredito que tudo acontece dentro de um contexto. E que devemos compreender essas atitudes dentro desse contexto. Lembrando, compreender é diferente de aceitar. Nos últimos dias fizemos uma reunião de pais e mestres nessa escola em que trabalho. Pasmem, pois minha turma tem 30 alunos, compareceram apenas 2 pais, ou seja, nem 10% dos pais estavam presentes. Dessa forma, podemos perceber o quanto os pais são participativos. Levando em consideração a participação dos pais na vida escolar de seus filhos, pode-se imaginar como são os alunos em sala de aula. Muitas vezes, os professores não apenas na escola pública, mas principalmente nela, acabam deixando de lado o ensino, e concentrando na sala de aula, em aspectos disciplinares. Já que a grande maioria dos alunos não conhecem regras, educação, enfim, alguns pressupostos necessários para o convívio social. Diante disso, esse profissional se vê em duas situações, ou disciplino ou dou aula. Bom, muita gente se horroriza quando vê alunos de escola pública chegando ao quinto ano, sem fazer a devida compreensão de textos escritos. Mas, podemos agora entender porque nossos alunos chegam em turmas tão avançadas com um rendimento tão baixo.